O fascinante continente africano já foi fonte de inspiração para diversas obras da literatura mundial. O escritor Michael Crichton também se serviu desse fascínio e exotismo para escrever Congo, romance baseado na história real de uma expedição ao coração da África. Em jogo está a descoberta das ruínas de Zinj e uma jazida de valiosos diamantes azuis.
Patrocinado por um instituto americano de pesquisas de recursos da terra e comandado pelo mercenário Charles Munro, o grupo substitui uma primeira expedição, cujos oito integrantes foram dizimados violentamente por estranhos primatas desconhecidos, no chamado lugar dos ossos. Um casal de cientistas, alguns técnicos, a gorila Amy, que faz parte de um projeto de linguagem de sinais e é capaz de entender mais de 600 palavras, e alguns nativos acompanham Munro. Na floresta do Congo irão enfrentar a concorrência de um consórcio internacional.
Ao longo da aventura, Crichton aproveita para contar a evolução dos computadores – assunto do qual é especialista -, fala da exploração da África ao longo dos séculos, explica como as sociedades que lutam pela preservação dos animais começaram a se interessar pelo sofrimento das cobaias e reproduz relatos assustadores de outros exploradores, como o do reverendo Holman Bentley, que passou 20 anos na região do Congo e reproduziu o que um nativo teria lhe dito sobre hábitos alimentares: “Vocês, homens brancos, consideram a carne de porco a mais saborosa das carnes, mas a carne de porco nem se compara à carne humana”.


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